O cobre é um elemento químico (Cu) metálico de cor vermelha-pálida, maleável, dúctil e relativamente macio. Na Natureza, o cobre encontra-se no estado puro – nativo – ou em minerais, mais ou menos complexos, pertencentes a várias outras classes. O cobre representa o passado, presente no futuro da Humanidade. A extração de cobre em Portugal teve início no Calcolítico e continua na atualidade, com importância para a economia portuguesa.

A exposição fotográfica “AS FORMAS DO COBRE” pretende apresentar a diversidade do mundo mineral, com recurso a FORMAS inovadoras de ver FORMAS da natureza que condicionam FORMAS de sociedade.

PEDRO NUNO ALVES

Pedro Nuno Alves nasceu em Monção, no norte de Portugal. O gosto pela mineralogia começou muito cedo. Com apenas 3 anos de idade já colecionava cristais de quartzo, que abundavam na região onde nasceu. Mas foi no ano de 2000 que a paixão pela mineralogia se consolidou. A visita a antigas explorações minerais, em Espanha e em Portugal, permitiu fazer crescer a coleção e a curiosidade para saber mais sobre a mineralogia e a natureza dos minerais. Após a obtenção de uma licenciatura em geologia, pela Universidade do Minho, iniciou um curso de mestrado, altura em que foi desafiado a abraçar um projeto mineiro no Alentejo. Iniciou a sua carreira profissional como geólogo, mas rapidamente deu início à sua carreira profissional como mineralogista, ao aceitar o convite para coordenar um laboratório de mineralogia aplicada.

A vontade de publicar artigos relacionados com a mineralogia esteve presente desde o primeiro dia em que começou a sua formação académica. O seu primeiro artigo foi apresentado no Congresso Nacional de Geologia, realizado na Universidade do Minho, no ano de 2010. A comunicação oral de que foi autor valeu-lhe o prémio de melhor apresentação na categoria de mineralogia, atribuída a estudantes dos 3 ciclos de estudos universitários. O feliz desfecho da primeira apresentação serviu de estímulo para a escrita de vários artigos internacionais sobre a mineralogia de Portugal. Atualmente é diretor de uma publicação especializada – ACOPIOS -, a primeira revista sobre mineralogia topográfica escrita em português.

O interesse pela fotografia e, em particular, pela fotomicrografia, surge como uma necessidade para a ilustração dos seus artigos. Sendo esta uma área muito específica da fotografia, recorreu inicialmente a fotógrafos estrangeiros. Contudo, rapidamente abraçou este novo desafio e passou a dedicar algum do seu tempo à conceção e construção de equipamentos para produzir as suas próprias fotomicrografias de minerais. A exposição ”As Formas do Cobre” representa apenas uma ínfima parte das extraordinárias fotomicrografias que Pedro Nuno Alves obtém a um ritmo quase diário. Hoje é ele o autor de todas as fotomicrografias que publica nos seus artigos, sendo atualmente a atividade relacionada com a mineralogia a que dedica mais tempo.

Fichas Técnicas

Cianotriquite

Mina Minancos, Barrancos

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,40 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5 x
ISO 250
Aquisição 0/8 s
Fotos sobrepostas 55
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cavidade milimétrica revestida por aglomerados globulares com crescimento centro-radiado de cianotriquite azul cerúleo. A matriz é composta por quartzo e hidróxidos de ferro.
Localização Mina de Minancos, Barrancos
Fórmula química Cu4Al2(SO4)(OH)12·2H2O
Classe Sulfatos
Modos de ocorrência A cianotriquite é um sulfato de cobre relativamente raro. Encontra-se associado a outros sulfatos tal como a brochantite, a calcoalumite, parnauite e claraite.O mineral forma-se por alteração de sulfuretos de cobre, em especial a calcopirite e encontra-se nas zonas de oxidação em ambientes secos a semiáridos.

A cianotriquite exibe umas das cores mais atrativas dos minerais de cobre e ocorre quase sempre na forma de numerosos agregados aciculares, associada a outros minerais coloridos – brochantite (verde) e claraite (azul), o que a torna num dos minerais mais desejados e procurados pelos colecionadores.

Ocorrências em Portugal Em Portugal é apenas conhecida na mina de Minancos (Barrancos), onde, curiosamente, é relativamente frequente. Associa-se a outros sulfatos de cobre tal como a brochantite e a calcoalumite.

Crisocola

Barrancos, Barrancos

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,40 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5x
ISO 320
Aquisição 1/2 s
Fotos sobrepostas 45
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Crisocola botrioidal sobre óxidos de ferro.
Localização Mina de Minancos, Barrancos
Fórmula química Cu2-xAlx(H2-xSi2O5)(OH)4·nH2O
Classe Silicatos
Modos de ocorrência A crisocola é um silicato de cobre comum nas zonas de oxidação dos depósitos minerais. Tende a associar-se a outros minerais secundários de cobre tal como a azurite, malaquite, pseudomalaquite e turquesa.O aspeto característico da crisocola é o seu hábito botrioidal e uma cor azul intensa, embora possa, mais, raramente apresentar uma cor amarelada.

O seu aspeto e abundância fizeram dela um dos minerais mais utilizados em peças de joalharia desde a pré-história.

Ocorrências em Portugal A crisocola é um silicato de cobre pouco comum em Portugal. Encontra-se em algumas minas do Alentejo tal como a mina de Minancos (Barrancos) ou na mina de Miguel Vacas.

Cobre nativo

Mina de São Domingos, Mértola

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,60 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5x
ISO 100
Aquisição 0”8 s
Fotos sobrepostas 74
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cobre nativo
Localização Mina de São Domingos, Mértola
Fórmula química Cu
Classe Elementos Nativos
Modos de ocorrência O cobre nativo é um constituinte comum de zonas oxidadas de depósitos sulfuretados de cobre, onde está associado a minerais como a cuprite, a tenorite, a malaquite e a azurite. Pode igualmente ocorrer como produto de sistemas hidrotermais (Cu nativo primário), especialmente relacionados a rochas ígneas básicas. Neste caso a associação é com a prehnite, datolite, epídoto, quartzo, calcite, minerais de argila e zeólitos (Klein e Hurlbut, 1999).
Ocorrências em Portugal Encontra-se em quase todas as minas da Faixa Piritosa Ibérica (minas de São Domingos, Aljustrel, Lousal, Juliana, etc…). O cobre nativo encontra-se também em escórias de fundição da época Romana e pré-Romana (ex. Sítio do cobre em Vila Velha de Ródão ou Serro do Monte do Gato, em Almodôvar). No norte do país encontra-se também associados a fosfatos secundários em pegmatitos graníticos (ex. Mangualde, Viseu e Bendada, Sabugal).

Connellite e brochantite

Ventosa, Santa Cruz, Almodôvar

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 1,40 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 20 x
ISO 100
Aquisição 1/3 s
Fotos sobrepostas 112
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Agregados aciculares de connellite (azul), associada a brochantite (verde azulado) dentro de vesicula de uma escória.
Localização Mina da Ventosa, Santa Cruz, Almodôvar
Fórmula química Cu19(SO4)(OH)32Cl4·3H2O
Classe Sulfatos
Modos de ocorrência A connellite é um sulfato de cobre relativamente raro, formado, principalmente, pela alteração da calcopirite em zonas de oxidação de veios hidrotermais. Associa-se frequentemente à brochantite, malaquite, cuprite e langite. A connellite é um dos minerais de cobre mais comuns em escoriais antigos (Romanos e pré-romanos), associado a outros minerais típicos destes ambientes (cuprite, brochantite, antlerite e cobre nativo).A connellite reconhece-se com facilidade por se apresentar quase exclusivamente um hábito acicular fibro-radiado.
Ocorrências em Portugal Em Portugal é conhecida em vários escoriais no Sul do país, nomeadamente em Vila Velha de Ródão (Castelo Branco), Ventosa (Almodôvar) e Serro do Monte do Gato (Almodôvar). Ocorre também associada a outros sulfatos e arsenatos em localidades como a Mina da Herdade dos Pendões (Odemira) e na Mina de São Domingos (Mértola).

Cuprite

São Luís, Odemira

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 1,40 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 20x
ISO 200
Aquisição 1/3 s
Fotos sobrepostas 112
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristais compostos de cuprite sobre quartzo, associados a “esferas” castanhas de goethite.
Localização São Luís, Odemira
Fórmula química Cu2O
Classe Óxidos
Modos de ocorrência A cuprite é um mineral típico da zona de oxidação de depósitos minerais cupríferos, onde tende a associar-se ao cobre nativo e à tenorite, entre outros. Pode também encontrar-se em escórias muito antigas (processo de baixa eficácia) associada a connellite, brochantite e cobre nativo.Este óxido de cobre distingue-se pela sua típica cor vermelha rubi e, quando euédrico, pela forma dos seus cristais (octaedros).

Embora seja um dos minerais de cobre mais ricos, raramente é explorado por não ocorrer em quantidades significativas.

Ocorrências em Portugal A cuprite é um mineral relativamente comum nas minas de cobre do Alentejo, embora seja normalmente pouco abundante ou mesmo raro. Destacam-se algumas ocorrências na zona de Barrancos, na mina do Bugalho (Alandroal), e em vários escoriais (Sítio do Cobre em Vila Velha de Ródão e Cerro do Monte do Gato (Almodôvar).

Malaquite e pseudomalaquite

Mina de Mociços, Alandroal, Évora

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,40 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5x
ISO 320
Aquisição 3 s
Fotos sobrepostas 84
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Grupo de cristais de malaquite sobre pseudomalaquite.
Localização Mina de Mociços, Alandroal, Évora
Fórmula química Cu2(CO3)(OH)2
Classe Carbonatos
Modos de ocorrência A malaquite é o mineral secundário de cobre mais abundante, encontrando-se em praticamente todas as ocorrências deste metal. Associa-se frequentemente à azurite, que por vezes pode substituir.O aspeto mais comum da malaquite são os agregados botrioidais, cuja espessura pode, por vezes, atingir vários centímetros, o que faz com que seja frequentemente utilizada em joalharia e artesanato. Os cristais são mais raros e podem ser aciculares ou tabulares, em dimensões centimétricas.

Além da azurite, associa-se à pseudomalaquite, cuprite, libethenite e olivenite.

Ocorrências em Portugal A malaquite encontra-se em praticamente todas as minas de cobre ou com mineralizações cupríferas associadas.Em Portugal destaca-se a mina de Miguel Vacas (Estremoz), Mociços (Alandroal), Cerro do Algaré (Almodôvar) e em várias minas na região de Barrancos.

Malaquite

Santa Cruz, Almodôvar

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,60 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 100
Aquisição 0”8 s
Fotos sobrepostas 105
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Grupo de cristais de malaquite numa vesícula de escória de fundição
Localização Santa Cruz, Almodôvar
Fórmula química Cu2(CO3)(OH)2
Classe Carbonatos
Modos de ocorrência A malaquite é o mineral secundário de cobre mais abundante, encontrando-se praticamente em todas as ocorrências deste metal. Associa-se frequentemente à azurite que, por vezes, pode substituir.O aspeto mais comum da malaquite são os agregados botrioidais, cuja espessura pode, por vezes, atingir vários centímetros, o que faz com que seja frequentemente utilizada em joalharia e artesanato. Os cristais isolados são mais raros e podem ser aciculares ou tabulares, com dimensão centimétrica.

Além da azurite, associa-se à pseudomalaquite, cuprite, libethenite e olivenite.

Ocorrências em Portugal A malaquite encontra-se em praticamente todas as minas de cobre ou com mineralizações cupríferas associadas.Em Portugal destaca-se a mina de Miguel Vacas (Estremoz), Mociços (Alandroal), Cerro do Algaré (Almodôvar) e em várias minas na região de Barrancos.

Rosasite

São Luís, Odemira

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 100
Aquisição 1/2 s
Fotos sobrepostas 121
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Agregados botrioidais de rosasite, azul claro, sobre quartzo. As massas negras correspondem a coronnadite, um hidróxido de manganês e chumbo.
Localização São Luís, Odemira
Fórmula química (Cu,Zn)2(CO3)(OH)2
Classe Carbonatos
Modos de ocorrência A rosasite é um carbonato secundário de cobre e zinco relativamente frequente na zona de oxidação de depósitos de metais base (cobre, chumbo e zinco). Forma-se pela alteração conjunta da calcopirite e da esfalerite.A rosasite apresenta habitualmente uma cor azul clara, podendo tornar-se gradualmente mais esverdeada (até verde) em função da relação cobre/zinco – tende a ser progressivamente mais próxima do verde à medida que aumenta o conteúdo em cobre. Os membros do grupo mais rico em zinco denominam-se zincorosasite e parádsasvárite (membro só com zinco).
Ocorrências em Portugal Em Portugal a rosasite é extremamente rara, conhecendo-se apenas numa pequena mina em São Luís, concelho de Odemira (Beja). O mesmo se aplica a outros membros deste grupo.

Azurite e arseniosiderite

Santa Cruz, Almodôvar

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 1,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 20 x
ISO 200
Aquisição 0/8 s
Fotos sobrepostas 104
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristais alongados de azurite sobre agregados esferoidais de arseniosiderite (cor de laranja).
Localização Santa Cruz, Almodôvar
Fórmula química Cu3(CO3)2(OH)2
Classe Carbonatos
Modos de ocorrência A azurite é um mineral frequente que ocorre nas zonas de oxidação de depósitos de cobre associados a rochas carbonatadas ou que contém carbonatos. Trata-se de um mineral tipicamente supergénico, normalmente associado a outros minerais de cobre (ex. malaquite, brochantite, olivenite). Observa-se com frequência a substituição (pseudomorfose) parcial ou completa da azurite por malaquite. Esse fenómeno é inclusivamente responsável pela alteração das cores em pinturas a óleo que utilizaram a azurite como pigmento, o que motivou a utilização de pigmentos minerais mais estáveis (e.g. Lapis-lazuli).
No entanto o preço muito elevado deste mineral fez com que se procurassem alternativas sintéticas.A azurite ocorre na maioria das vezes bem cristalizada (euédrica ou sub-euédrica), onde os cristais podem atingir vários centímetros (ex. mina de Tsumeb, Namíbia).
Ocorrências em Portugal A azurite é um mineral muito frequente nas minas de cobre do sul de Portugal, marcando presença na generalidade das minas (ex. Miguel Vacas, Barrigão; Cerro do Algaré, Minancos).

Malaquite

Mina da Herdade dos Pendões, São Luís, Odemira

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 100
Aquisição 1/3 s
Fotos sobrepostas 104
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Grupo de cristais prismáticos de malaquite sobre quartzo. A cor avermelhada do quartzo deve-se ao facto de ocorrer sobre goethite.
Localização Mina da Herdade dos Pendões, São Luís, Odemira
Fórmula química Cu2(CO3)(OH)2
Classe Carbonatos
Modos de ocorrência A malaquite é o mineral secundário de cobre mais abundante, encontrando-se em praticamente todas as ocorrências deste metal. Associa-se frequentemente à azurite, que por vezes pode substituir.O aspeto mais comum da malaquite são os agregados botrioidais, cuja espessura pode, por vezes, atingir vários centímetros, o que faz com que seja frequentemente utilizada em joalharia e artesanato. Os cristais são mais raros e podem ser aciculares ou tabulares, em dimensões centimétricas.

Além da azurite, associa-se a pseudomalaquite, cuprite, libethenite e olivenite.

Ocorrências em Portugal A malaquite encontra-se em praticamente todas as minas de cobre ou com mineralizações cupríferas associadas.Em Portugal destaca-se a mina de Miguel Vacas (Estremoz), Mociços (Alandroal), Cerro do Algaré (Almodôvar) e em várias minas na região de Barrancos.

Calcopirite e esfalerite

Mina de Aljustrel, Aljustrel

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,43 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5 x
ISO 100
Aquisição 1/8 s
Fotos sobrepostas 88
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristais complexos de calcopirite, parcialmente irisados, associados a esfalerite castanha escura. A matriz é composta por pirite ligeiramente oxidada.
Localização Mina de Aljustrel, Beja
Fórmula química CuFeS2
Classe Sulfuretos
Modos de ocorrência A calcopirite é um mineral presente numa grande variedade de ambientes e tipologias de depósitos. Destaca-se a sua ocorrência em sulfuretos maciços vulcanogénicos e depósitos sedimentares exalativos, onde se forma por precipitação durantes a circulação de fluidos hidrotermais. A calcopirite é mineral de cobre mais abundante.A calcopirite associa-se principalmente à pirite, esfalerite e galena. Com menos frequência a tetraedrite, tennantite, bournonite, enargite, e covelite entre outros. Em relação aos minerais não metálicos, tende a associar-se ao quartzo, calcite, dolomite e barite.

A alteração supergénica da calcopirite é responsável pela formação da grande maioria dos minerais secundários de cobre.

Ocorrências em Portugal Em Portugal encontra-se fundamentalmente nas minas da Faixa Piritosa Ibérica com particular destaque para os depósitos de Aljustrel e Neves-Corvo, onde tem sido explorado como minério de cobre. Encontra-se também em praticamente todas as minas de pequena e média dimensão em todo o país, tais como por exemplo: Barrigão (Almodôvar), Aparis (Barrancos), Rui Gomes (Moura).A calcopirite também pode ocorrer em filões de origem hidrotermal, tal como é o caso da calcopirite que ocorre na mina da Panasqueira, onde também constitui o principal minério de cobre explorado por essa mina.

Covellite e enxofre

São Luís, Odemira

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 1,36 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 20 x
ISO 200
Aquisição 1/3 s
Fotos sobrepostas 72
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristal tabular complexo de covelite, com pequenos cristais avermelhados de enxofre nativo e cubos de farmacossiderite (amarelo).
Localização São Luís, Odemira
Fórmula química CuS
Classe Sulfuretos
Modos de ocorrência A covelite não é um dos sulfuretos de cobre mais abundantes, mas é um dos mais comuns. É um mineral tipicamente supergénico, quase sempre pela alteração da calcopirite. Embora menos frequente, pode também ser um mineral primário, de origem hidrotermal.Associa-se principalmente à calcocite, calcopirite, bornite e enargite.

A covelite distingue-se facilmente pela sua típica cor anil ou pela forma dos seus cristais (lamelares hexagonais). Pode também ocorrer sob a forma de uma patine sobre a calcopirite ou mesmo sobre a pirite.

Ocorrências em Portugal A covelite encontra-se em praticamente todas as localidades onde existe calcopirite, devido ao facto de ser um dos principais minerais resultantes da sua oxidação.Em Portugal destacam-se algumas localidades pela elegância dos seus cristais: Mina de Gestoso (Viseu) e Mostardeira (Estremoz).

Bournonite e tetraedrite

Mina de Aljustrel, Aljustrel

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,54 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5 x
ISO 100
Aquisição 1/30 s
Fotos sobrepostas 85
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Prismas alongados de bournonite, parcialmente recobertos por minúsculos cristais de tetraedrite. Os restantes minerais associados são a siderite (bege) e o quartzo (incolor).
Localização Mina de Aljustrel, Aljustrel
Fórmula química PbCuSbS3
Classe Sulfuretos
Modos de ocorrência Geralmente em veios hidrotermais de média temperatura e em sulfuretos maciços vulcanogénicos. Associa-se normalmente a galena, tetraedrite-tennantite, pirite, calcopirite, carbonatos e barite.O mineral pode apresentar-se sob a forma de veios subcentimétricos ou cristais mais ou menos complexos com vários centímetros de comprimento.
Ocorrências em Portugal Em Portugal encontra-se fundamentalmente nas minas da Faixa Piritosa Ibérica (Aljustrel e Neves-Corvo), onde se apresenta como um mineral relativamente raro.

Clinoclase

Tostão, Vila Velha de Ródão

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 1,08 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 20 x
ISO 100
Aquisição 0/8 s
Fotos sobrepostas 91
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristal complexo de clinoclase azul escura, associada a olivenite verde parcialmente alterada para clinoclase.
Localização Mina do Sítio do Cobre, Vila Velha de Ródão
Fórmula química Cu3(AsO4)(OH)3
Classe Arsenatos
Modos de ocorrência A clinoclase é um mineral secundário raro que se forma nas zonas de oxidação de depósitos hidrotermais ricos em arsénio. O principal mineral cuja alteração dá origem à clinoclase é a enargite, mas pode ainda resultar da alteração da tennatite e da calcopirite.A clinoclase exibe uma cor azul escura que varia entre o azul de Prússia e o azul de ftalocianina, por vezes ligeiramente esverdeado.

O mineral tende a formar cristais milimétricos e relativamente simples (prismas alongados). Os principais minerais aos quais se associa são a olivenite, a cornwallite, a cornubite e a conicalcite.

Ocorrências em Portugal Em Portugal é apenas conhecida na mina do Sítio do Cobre (Castelo Branco) e na mina do Palhal (Aveiro). Em ambos os casos é de ocorrência rara e associa-se a outros arsenatos, em particular a olivenite.

Olivenite e pseudoalaquite

Martinlongo, Alcoutim, Faro

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,60 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5x
ISO 100
Aquisição 1/5 s
Fotos sobrepostas 128
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Grupo de cristais aciculares verde claro de olivenite e pseudomalaquite globular.
Localização Martinlongo, Alcoutim, Faro
Fórmula química Cu2AsO4(OH)
Classe Arsenatos
Modos de ocorrência A olivenite é um arsenato de cobre que ocorre na zona de oxidação como produto de alteração da enargite ou da tennantite. A sua cor característica – verde oliva – está na origem do seu nome.Este mineral associa-se a outras fases de cobre como a pseudomalaquite, a malaquite, a corwallite ou a cornubite. Também se associa-se a outros arsenatos como a eritrite.

O hábito mais comum do mineral é o hábito acicular, mas também pode ocorrer com hábitos prismático ou tabular.

A cor típica é verde oliva, podendo ainda ser amarelada, devido à incorporação de Fe na estrutura cristalina, ou acastanhada/violácea devido à presença de Co.

Ocorrências em Portugal A olivenite é um mineral pouco comum em Portugal. Os exemplares mais interessantes são provenientes da mina do Cerro do Algaré (Almodôvar). Encontra-se ainda na mina do Sítio do cobre (Vila velha de Ródão), Herdade dos Pendões (Odemira) e na mina do Palhal (Aveiro).

Planerite e pseudomalaquite

Mina Minancos, Barrancos

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10 x
ISO 250
Aquisição 1/3 s
Fotos sobrepostas 114
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Planerite na forma de agregados brotioidais, de cor branca, de sobre pseudomalaquite, de cor verde.
Localização Mina Minancos, Barrancos
Fórmula química Al6(PO4)2(HPO4)2(OH)8·4 H2O
Classe Fosfatos
Modos de ocorrência Os minerais do grupo da Turquesa são relativamente frequentes na zona de oxidação de depósitos cujo encaixante metassedimenter é rico em fósforo.A turquesa e a calcossiderite são os membros mais comuns, sendo a planerite mais rara e discreta. A sua cor pode ser de tons verdes ou azuis ou ainda branca, devido à variação composicional, nomeadamente do Fe e do Al. Os cristais são raros, sendo mais comum soba a forma de agregados botrioidais geralmente isoladas.

A planerite pode coexistir com outros membros do grupo ou associar-se a wavellite, libethenite, pseudomalaquite, strengite ou crandallite, entre outros.

Ocorrências em Portugal A planerite é relativamente rara em Portugal, conhecendo-se em poucas localidades, tais como a mina de Miguel Vacas (Estremoz), Minancos (Barrancos) e Castelhão (caminha).

Pseudomalaquite e reichenbaquite

Mina de Miguel Vacas, Estremoz

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 100
Aquisição 1 s
Fotos sobrepostas 165
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Agregados de pseudomalaquite (verde escuro) e reichenbaquite (verde claro) sobre quartzo. As esférulas diminutas de cor cinzenta correspondem a hidróxido de manganês não identificado.
Localização Mina de Miguel Vacas, Estremoz
Fórmula química Cu5(PO4)2(OH)4
Classe Fosfatos
Modos de ocorrência A pseudomalaquite é um dos fosfatos secundários de cobre mais abundante, encontrando-se geralmente em depósitos de cobre, nas zonas de oxidação, associado a outros fosfatos tais como a libethenite, a reichenbaquite e minerais do grupo da turquesa.O mineral apresenta-se normalmente em formações botrioidais de espessura milimétrica. Os cristais são raros e raramente isolados. A cor é verde esmeralda escuro.
Ocorrências em Portugal A pseudomalaquite é um fosfato de cobre muito abundante nas antigas minas de cobre do Alentejo, estando presente na sua grande maioria. Os exemplares de destaque são provenientes da mina de Miguel Vacas (Estremoz), Bugalho (Alandroal), Mociços (Alandroal).

Pseudomalaquite e goethite

São Luís, Odemira

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 250
Aquisição 1/6 s
Fotos sobrepostas 104
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Agregados de pseudomalaquite juntamente com agregados botriodais, alaranjados, de goethite.
Localização São Luís, Odemira
Fórmula química Cu5(PO4)2(OH)4
Classe Fosfatos
Modos de ocorrência A pseudomalaquite é um dos fosfatos secundários de cobre mais abundante, encontrando-se geralmente em depósitos de cobre, nas zonas de oxidação, associado a outros fosfatos tais como a libethenite, a reichenbaquite e minerais do grupo da turquesa.O mineral apresenta-se normalmente em formações botrioidais de espessura milimétrica. Os cristais são raros e raramente isolados. A cor é verde esmeralda escuro.
Ocorrências em Portugal A pseudomalaquite é um fosfato de cobre muito abundante nas antigas minas de cobre do Alentejo, estando presente na sua grande maioria. Os exemplares de destaque são provenientes da mina de Miguel Vacas (Estremoz), Bugalho (Alandroal), Mociços (Alandroal).

Libethenite e malaquite

Alcaria Queimada, Alcoutim, Faro

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 5,30 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 5x
ISO 100
Aquisição 1 s
Fotos sobrepostas 67
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Cristais bipiramidais de libethenite de cor verde claro, associados a malaquite (verde escuro).
Localização Alcaria Queimada, Alcoutim, Faro
Fórmula química Cu2(PO4)(OH)
Classe Fosfatos
Modos de ocorrência A libethenite, tal como a pseudomalaquite, é um dos fosfatos secundários de cobre mais abundantes, encontrando-se geralmente associado a outros fosfatos tais como a pseudomalaquite, a malaquite e minerais do grupo da turquesa, nas zonas de oxidação de depósitos de cobre.O mineral apresenta-se normalmente sob a forma de cristais bipiramidais ou mais raramente prismáticos mais ou menos alongados.
Ocorrências em Portugal A libethenite é um fosfato de cobre muito abundante nas antigas minas de cobre do Alentejo, estando presente na sua grande maioria. Os exemplares de destaque são provenientes da mina de Miguel Vacas (Estremoz) os quais figuram entre os melhores a nível mundial. Encontra-se ainda na mina do Bugalho (Alandroal), Alcaria Queimada (Alcoutim) e Herdade dos Pendões (Odemira).

Pseudomalaquite e beyerite

Mina de Miguel Vacas, Estremoz

 

Informação técnica (fotografia)

Campo de visão 2,80 mm
Máquina fotográfica Olympus OM-D E-M5 Mark II
Objetiva Mitutoyo M Plan 10x
ISO 100
Aquisição 1/2 s
Fotos sobrepostas 145
Softwares utilizados Zerene Stacker ®, Adobe Photoshop 2018 ®, StackMaster controller 2018 ® e Olympus Capture ®

Informação mineralógica

Descrição Agregados de pseudomalaquite verde e beyerite amarelo claro sobre cristais de quartzo.
Localização Mina de Miguel Vacas, Estremoz
Fórmula química Cu5(PO4)2(OH)4
Classe Fosfatos
Modos de ocorrência A pseudomalaquite é um dos fosfatos secundários de cobre mais abundante, encontrando-se geralmente em depósitos de cobre, nas zonas de oxidação, associado a outros fosfatos tais como a libethenite, a reichenbaquite e minerais do grupo da turquesa.O mineral apresenta-se normalmente em formações botrioidais de espessura milimétrica. Os cristais são raros e raramente isolados. A cor é verde esmeralda escuro.
Ocorrências em Portugal A pseudomalaquite é um fosfato de cobre muito abundante nas antigas minas de cobre do Alentejo, estando presente na sua grande maioria. Os exemplares de destaque são provenientes da mina de Miguel Vacas (Estremoz), Bugalho (Alandroal), Mociços (Alandroal).